Escrito após ler “O Marinheiro”, de Fernando Pessoa
Aparentemente, o ser humano é como uma função cuja entrada são seus sentidos e saída seus atos. Assim como em uma função, caso a entrada seja precisamente igual, a saída também o será. Não obstante, o mundo exterior não faz diferença caso entradas sejam as mesmas. Assim como uma máquina de Turing virtualizada, o ser humano não sabe (nem precisa saber) se está funcionando com entradas reais ou entradas virtuais. Mimifica-se completamente os sentidos do homem e não está enganando-o, mas está a fazê-lo agir como age, pois independe do mundo exterior além da entrada. O homem, então, com entradas virtuais, age como com entradas reais, pois não sabe que elas não o são.