Poema Livre Sobre Café e Gatos

(Não é um soneto, não é sobre café e nem sobre gatos, e nem um soneto sobre café e gatos)

A chuva que cai no telhado em reforma
Do prédio onde tento ser aquele que sou
É a mesma que cai tal qual luva nesse
Rio de mágoas de quem por aqui passou

E mesmo não pensando em café agora
Falo sobre outro ouro verde e tão natural
Quanto a falta de luz desse dia branco
De céu de neve e risadas de vergonha

Faz-se um hacker assim como um gato preto
Com curiosidade, coragem, e burrice
E com o sonho de dia e não de noite

Me desculpa por só falar e te sufocar
Você já sabe que eu não sei perguntar?
Não são para os seus olhos que os gatos focam seu olhar, mas para olhos iguais aos seus que dominam qualquer tipo de disfarce involuntário no olhar