Gabriel

Prosa Sem Título 2024-08-07

E o sorriso que eu pedi foi novamente esboçado. Não exatamente como eu quis.

Houve um momento em que eu me senti sozinho, e procurei seu nome na minha lista. Eu digitei e, conforme as pequenas letrinhas apareciam na tela, eu as apaguei. A mensagem que eu quis lhe mandar, escrevi e deletei cinco vezes.

Agora eu fiz isso novamente, e peguei meu telefone. Procurei seu número e pensei em lhe escrever. Lhe escrever uma mensagem que nunca enviarei.

Eu sou interrompido, o que me impede de pensar. Afinal, há tanta coisa importante para se preocupar.

Eu pauso a música e a recomeço. No pequeno espaço que tenho para escrever, o caderno esbarra engraçadamente no teclado. Estúpido telefone em minha mesa esperando que eu lhe diga algo.

Há! Há tanto que eu gostaria de lhe dizer. Enquanto meu coração faz: pon-pon! Pa-pa-ra-pa-pa-pa-pa-ya!

Estúpida droga em minha estante, deixa o coração trabalhar e torna mais fácil contar.

Quem diria que seria assim tão difícil controlar o amar.

E o meu coração segue:

Pa-pa-ra-pa-pa-pa-pa-ya.

Não importa o quanto evoluímos, continuamos bichos deixando ele dominar.

Pa-pa-ra-pa-pa-pa-pa-ya.